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O exército burguês deve e pode ser destruído
22/05/2012

 Manoel Lisboa
Agosto de 1973, Luta Operária
Reproducido n' A Verdade, marzo 2012.

Existe, em muitos companheiros e também no seio do povo, medo do exército burguês.

Muitos acham impossível vencê-lo e veem o exército exatamente como a ditadura quer: como uma coisa que está acima de nós.

Companheiros, antes de tudo, devemos pensar direitinho no que é o exército burguês. Esse exército (da burguesia) defende os interesses dos capitalistas, defende a propriedade privada (dos capitalistas) e oprime o povo contra qualquer revolta, pois nada temos para ser defendido pelo exército (da burguesia); apesar de a gente sempre ouvir dizer que o exército é o defensor da nação, O QUE VEMOS DE VERDADE É O EXÉRCITO DEFENDER OS INTERESSES DOS RICOS PARASITAS CONTRA O POVO TRABALHADOR.

Os capitalistas usam os órgãos de propaganda (rádio, jornal, televisão) e empregam a educação (o ensino) para fazer o povo acreditar que o exército defende os interesses da nação e não dos capitalistas. Querem convencer o povo de que o exército é honesto e defensor da nação, e fazer todos respeitá-lo, senão quem iria morrer nas guerras pela burguesia? Por isto, desde criança aprendemos a respeitar o exército, a propriedade dos ricos, o presidente da República e demais autoridades burguesas.

O exército da burguesia está realmente forte no momento, mas isto não significa que ele nunca será derrubado. Pensar assim é não conhecer a força da nossa própria classe; é não entender que a nossa união é uma grande força para destruir a força repressiva da burguesia. Com a nossa união e organização, podemos colocar no lugar deste exército burguês, antipopular, antinacionalista e lacaio dos interesses estrangeiros, isto é, devemos colocar no lugar desta corja um exército formado pelos melhores companheiros das classes trabalhadoras. Este, sim, será um exército realmente popular porque formado por pessoas do povo, por pedreiros, carpinteiros, torneiros, soldadores, serventes, tecelões, estudantes, sapateiros, camponeses, comer-ciários, etc. Será um exército popular e revolucionário porque defenderá os verdadeiros interesses do povo e lutará por uma sociedade melhor, uma sociedade mais perfeita e mais justa, luta por uma sociedade socialista.

O mais importante para um exército vencer e dominar é contar com o apoio do povo. A propaganda não pode ocultar a verdade nua e crua das desigualdades sociais, o desemprego, os salários baixos, a injustiça e todos os males do capitalismo. Eis a principal questão: eles têm armas, dinheiro, soldados, MAS NÃO TÊM O POVO. E como este exército da burguesia não é amado pelo povo brasileiro, nós devemos formar nosso exército. Para destruirmos este exército, que é da burguesia, temos que formar o nosso próprio exército, o exército do proletariado.

E como formar o nosso exército? 

Ora, já vimos que quando estamos fracos temos que usar formas de luta mais simples para nos fortalecer. É justamente isto que falta cada companheiro compreender para colocar em prática estas questões. Já temos os exemplos do povo russo, do povo chinês, do povo cubano e exemplos de muitos outros povos, que organizados derrubaram os exércitos burgueses que ós oprimiam. No Vietnã está o mais belo exemplo de como um povo atrasado (economicamente) derrotou o exército francês e está derrotando o exército mais poderoso do mundo capitalista, as forças armadas america-nas. E o que fizeram os vietnamitas?  Lutaram, se organizaram e incenti-varam os outros a se organizar como nós, do Conselho de Luta, estamos fazendo. Saíram, de boca em boca, ensinando a verdade sob uma ditadura pior e mais sangrenta do que a nossa. Com grandes dificuldades (para aprender mais), publicavam jornais debaixo do pano, explicando, incentivando e ensinando o povo a se organizar.

O que devemos fazer?

Para formar nosso exército, dependemos unicamente do nosso esforço. Do esforço de cada um que já tem consciência, em ir organizando as massas (o povo desorganizado) e ir dando consciência aos que quase nada sabem a respeito da luta de classes, da nossa luta, e ir aumentando o número de pessoas para nossa organização, e assim iremos formando nosso Partido e daí iremos criando o nosso exército, com as pessoas conscientes de todos os setores da população, desde os companheiros operários, que serão os dirigentes da nossa luta, até os camponeses, os estudantes, funcionários públicos, pessoas politicamente boas que existam dentro das próprias forças armadas do inimigo, enfim de todas as camadas exploradas da população e que apoiam de verdade as nossas ideias e nossos métodos de luta. Temos que conscientizar as pessoas e trazê-las para nós; assim teremos condições de criar nosso exército. 

Bom, companheiros, existem muitas formas de luta; o que estamos precisando é a decisão e firmeza dos companheiros para continuar os trabalhos de panfletagem que temos feito dentro das fábricas e nos bairros, desenvolver o trabalho político com outros companheiros e participar do trabalho teórico, que é escrever para os nosso jornais. Todas estas formas de luta têm a finalidade de esclarecer e organizar o povo para que ele pegue em armas de maneira consciente. 

Só na luta aprendemos a confiar em nós mesmos, em nossa força, porque defendemos os verdadeiros interesses do povo e lutamos pela justiça. É isto que nos dá certeza da vitória da LUTA OPERÁRIA por meio do exército revolucionário do povo, contra o exército mercenário (vendido) da burguesia.

Todo esforço no trabalho de conscientizar o povo, todo esforço no trabalho de educar para a luta os melhores elementos das classes traba-lhadoras e trazê-los para o Conselho de Luta Operária. Todo esforço nos trabalhos que levam a formar um Partido Operário, pois o exercito revolucionário do povo, só obedecerá a um único comando que será o Partido Operário.

Só com coragem, decisão e firmeza é que se luta.
Só na luta é que se forma o Partido Comunista Revolucionário.
Só na luta se constrói o exército revolucionário do povo.

* Escrito por Manoel Lisboa em agosto de 1973, um mês antes de ser assassinado pela Ditadura Militar, e publicado na revista do PCR Luta Operária, nº 10
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